A Evidência do Ensino da Passagem por Meio de Figuras
F. W. Grant aponta que o padrão visto em Gênesis 1 – de geração (v. 1),
degeneração (v. 2) e regeneração (vs. 3-31) – é consistente com o padrão dos
caminhos de Deus para com os homens em outras partes da Escritura. Assim, a simbologia
do capítulo sustenta a interpretação de que havia uma criação original de Deus
que foi devastada e, depois de um período de tempo que não nos é dito o quanto
durou (uma lacuna), Ele fez os céus e a Terra atuais.
Existem duas maneiras em que o relato pode ser interpretado simbolicamente.
Em primeiro lugar, pode ser interpretado como representando a obra moral de
Deus nas almas dos homens – do novo nascimento e salvação, ao seu crescimento e
pleno desenvolvimento na verdade. É deste modo que o apóstolo Paulo interpreta
Gênesis 1 em 2 Coríntios 4:6 onde ele diz: “Porque
Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é Quem resplandeceu em
nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de
Jesus Cristo”. Ele correlaciona os movimentos de Deus na reconstrução da Terra
com a obra divina no coração dos homens caídos para trazê-los à salvação,
mostrando assim que Gênesis 1 pode ser interpretado por seu significado simbólico.
Assim como a criação original de Deus, que foi estabelecida em beleza primitiva,
foi julgada como resultado das operações de Satanás, o mesmo aconteceu com a
raça humana que seguiu o mesmo caminho. O homem foi estabelecido em uma
condição sem pecado no jardim do Éden, mas ele foi corrompido pela obra de
Satanás; sendo assim um pecador responsável, ele foi colocado sob o julgamento
de Deus (Gn 2:16-17, 3:17-19; Ec 7:29). A condição de “trevas” que repousa
sobre toda a cena retrata as trevas morais e espirituais em que submergiu a
raça caída do homem (Lc 22:53; At 26:18; 2 Co 4:4; Ef 4:18; Cl 1:13).
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