domingo, 9 de fevereiro de 2020

Interpretação Dispensacional


Interpretação Dispensacional

A outra maneira pela qual a passagem pode ser interpretada simbolicamente é a dispensacional – na verdade, “os tempos dos séculos” (2 Tm 1:9; Tt 1:2). Novamente, a mesma ordem de geração, degeneração e regeneração ocorre. O capítulo apresenta um esboço dos caminhos de Deus para com os homens ao longo do tempo. É apropriado que tenha sido dado no início da Palavra de Deus (At 15:18).
A criação original em sua beleza primitiva, antes da destruição da Terra, representa a era da inocência (antes da queda – Gênesis 3), quando o homem foi colocado sobre a Terra em um estado sem pecado. 
  • O primeiro dia corresponde à era depois que o homem pecou, quando ele e sua posteridade adquiriram a luz da consciência.
  • O segundo dia corresponde à idade após o dilúvio, quando os homens foram colocados sob o autogoverno, mas com muita instabilidade.
  • O terceiro dia, que foi quando a terra surgiu das águas, representa o surgimento de Israel (a terra) entre as nações gentias (os mares), no chamado de Abraão e sua família.
  • No quarto dia os luminares nos céus (o Sol e a Lua) foram colocados em seus lugares. Isso tipifica a Igreja (a Lua) sendo chamada à existência em relação a Cristo (o Sol) como Seu corpo – uma companhia celestial de crentes.
  • No quinto dia houve uma perturbação nas águas, mas de lá surgiu bênção. Isso fala dos tempos conturbados da Grande Tribulação, pelos quais Israel e as nações gentias passarão (Jr 30:7; Mc 13:8) antes que a bênção seja alcançada.
  • O sexto dia representa o dia milenar quando Cristo e a Igreja (o antítipo de Adão e Eva) terão domínio sobre o universo.
  • O sétimo dia nos fala do descanso eterno de Deus.[1] 

Nosso objetivo em delinear os dois temas do ensino simbólico do capítulo (moral e dispensacional) é mostrar que ambas as aplicações seguem o padrão de geração, degeneração e regeneração. E, se esse padrão não estiver no texto – como dizem os Criacionistas da Terra Jovem – então o ensinamento simbólico da passagem se tornará nulo e sem efeito. Portanto, a interpretação da “Terra Jovem” destrói a simbologia da passagem e, portanto, não pode estar correta.


[1] N. do A.: Veja “Genesis in the Light of the New Testament” por F. W. Grant, para uma mais completa explicação do ensino simbólico da passagem.

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